sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Tempos Modernos


Tanto tempo sem postar algo me deixou, digamos que, desacostumado. Acho que o blog paralisado reflete como estou no momento, parado também, sem tempo para as coisas interessantes e até as desinteressantes, sem tempo para as coisas importantes, sufocantes, para as coisas inúteis, fúteis e prazerosas – Coisas de universitário em fim de período. É o fim do segundo, mas está em certos aspectos muito parecido com o fim do primeiro, acho que é tudo como um ciclo: Chegamos com gana, com vontade de fazer, com vontade de abraçar, de apertar, de amar, vontade de sentar no monumento de Tiradentes e ficar admirando tudo, vontade de sair, beber até falar asneiras. Vontade de dormir rindo... no decorrer do tempo a cidade com a maior parte da arquitetura barroca passa despercebida, sentar no Tiradentes vira rotina, rir vira rotina, beber vira rotina, as pessoas tornam-se rotina e a melancolia passa a se fazer presente. Uma saudade sufocadora do leito familiar toma conta, e os dias se arrastam, vamos para casa e descançamos...só descançamos... bate a saudade dos amigos, dos risos, dos abraços, do sentar no Tiradentes, do barroco mineiro, do barroco, da direita...voltamos.
Adotando novas filosofias percebemos e avaliamos o que éramos antes, e acreditamos fielmente em uma superação. É ironia demais, mas nunca um prato que se serve me interessou, mas sim os que me colocam dentro deles para que eu possa servir de alimento. Elogio de porcos engrandece, mas é pouco. Depois de tudo que se passou, vai ser mais ironia ainda se a entidade se redimir, quiser estar presente. Escrupuloso, zombeteiro, mão de punheteiro; gozador, encantador... foi uma tranza bêbado. Não quero explicações, entender seria melhor (me entender seria melhor), esqueci que sou melhor apenas para quem não me interessa, tenho que começar a engolir isso e começar a comer por fome, sem saber o que como, só devorar, para me satisfazer.
Indecifrável, inocente-culpado, fiel-difícil, calado-argumentativo, anjo-demônio. “Vai malandro... caga na minha sala” que eu limpo.Caga na minha sala que eu fico quietinho. Caga na minha sala que eu me escondo. Caga na minha sala que eu vou pra outra... acaba... mas acaba de uma vez, vai malandro... o mundo é imenso e minas um dos maiores estados brasileiros.
Está em tempo...
Em tempo de novos tempos. Em tempo de novas filosofias. Em tempo de finalizar mais um ciclo, de viver, de receber elogios de porcos. Em tempo de você voltar e eu jogar a merda toda na sua cara.

W.M. Cooper

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