quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Final de ano e suas surpresas


Final de ano sempre me leva a uma retrospectiva do ano que se passou. Do que produzi, do que não produzi, do que foi produtivo e do que não foi produtivo.
Um ano de mudanças, de evolução, de aprendizado, o ultimo ano para a virada de uma década e um ano com fatos e acontecimentos para toda uma. Os primórdios desse tumultuado ano me remetem principalmente àquele sentimentozinho que tinha de radicalizar, de mudar, de buscar uma identidade, de me reafirmar, de me erguer, de querer andar com minhas pernas.
Mudança. Nova vida, nova fase. Universitário, engoli palavras e guardei rancores e suposições, passei. Era o que importava, consegui por mim mesmo, e me provei, me surpreendi. A vida costumava a conspirar a meu favor (não que não continue). Até hoje não tiro de minha cabeça a imagem de quando passei no vestibular, foi um gozo, foi um esfregar, um provar, um superar. Na mala trouxe as expectativas, trouxe o calor, a euforia, e a fome por uma vida nova despejando tudo nesta encantadora e pacata terra das ladeiras, que o mais rápido que pode mastigou e devorou tudo, sugou. Na mala trouxe alguém.
Deixei tudo que não queria mais (ou pelo menos acreditei ter deixado). Planejei, calculei, fiz um projeto de vida, acho que nunca tive a oportunidade de inovar tanto, de mudar, de renascer, de crescer, de ser.
Organizei, planejei, e ando colhendo o que a realidade desta cidade anda deixando pelas esquinas, morros, bares, casas, prédios e em cada buraco dessas ruas desgrenhadas. Esta cidade me lapida, me dá o que eu não quero fazendo com que eu queira: queira mais, queira tudo, queira nada. Joguei no lixo meu projeto e segui, sem saber, querendo saber o que viria, e principalmente querendo assumir as conseqüências do que viria, do que surgiria, do que eu me tornaria.
Engoli minha independência e ando cangando-a até hoje. É só isso: mastigar, deglutir, engolir sem mastigar, refletir com o corpo, vomitar, regurgitar. A vontade louca de me provar independente foi o que me tombou, cambaleou, me in(tencionou), tenho saudade de uma casa que não é mais minha que ansiava por deixá-la, e que agora nem que eu queira me englobará mais. É, sou eu.
Um ano de mudanças, bruscas.
Aprendi muito, mudei muito, cresci.
Construí laços fortes de amizade verdadeira, terminei laços fortes de paixão ideal. Aprendi como as pessoas querem que sejamos nós mesmos e o quanto as pessoas se importam com o nosso respirar, o nosso agir, o nosso pensar. Aprendi que amizade verdadeira a distância não separa e que isso não vale para amores verdadeiros.
Os mundos não se fundem, e não têm conexões. São realidades diferentes, e nem por isso deixamos de sermos nós mesmos quando agimos de diferente forma em lugares, casas, ruas, salas e mundos diferentes, é apenas um questão de não se haver necessidade, de se acatar a uma lei superior, de não querer ferir, de não querer se ferir, é uma questão de se estar em vários lugares, em várias causas, é um certo egoísmo.
Ando colhendo as conseqüências do que eu era. Ando enxergando mais, para cair nos mesmos buracos. Ainda não consegui me controlar, em todos os aspectos, sempre quero mais, sempre busco mais, sempre gasto mais. Sei que ainda não cheguei lá, e tenho medo por não saber quando eu chegar, e estar sempre insatisfeito, estar sempre faminto.
Vejo muito bem o que eu quero, mas não sei se estou correndo certo à procura de tal objetivo, mas isso não é novidade, sempre fui assim, e sempre deu certo, que o destino não me desaponte agora – É! Eu vejo um futuro interessante.
O ano que está por terminar, me levou a enxergar as prioridades e também a não querer enxergá-las. Meus gostos se apuraram, e meu desejo aumentou, me conheci, ou melhor, andei me conhecendo mais, me enxergando. Estou mais firme, mais enraizado, mais ciente de meus princípios, estou mais leve. – É! Cresci, por mais que seja difícil assumir isso pra outras pessoas, crescer é apenas uma questão de englobar à sua personalidade, ou ao seu cotidiano, sentimentos, reações, atitudes, palavras, golpes, chutes, caídas...
Assumir essa falsa liberdade e seguir em frente. Assumir que o tempo pode tudo mudar, e que por mais que eu não queira, a vida é feita de ciclos e voltas.Terminando-se um ano é extrema importância refletirmos sobre o ano que se passou, a vida que se levou, os tombos, os ápices, as mudanças, as palavras, os lugares, as pessoas, as não pessoas, as atitudes... terminar um ano é também pensar no próximo que virá, é engolir os fatos do passado para fazer a merda perfeita no ano que virá.
W.M. Cooper

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Tempos Modernos


Tanto tempo sem postar algo me deixou, digamos que, desacostumado. Acho que o blog paralisado reflete como estou no momento, parado também, sem tempo para as coisas interessantes e até as desinteressantes, sem tempo para as coisas importantes, sufocantes, para as coisas inúteis, fúteis e prazerosas – Coisas de universitário em fim de período. É o fim do segundo, mas está em certos aspectos muito parecido com o fim do primeiro, acho que é tudo como um ciclo: Chegamos com gana, com vontade de fazer, com vontade de abraçar, de apertar, de amar, vontade de sentar no monumento de Tiradentes e ficar admirando tudo, vontade de sair, beber até falar asneiras. Vontade de dormir rindo... no decorrer do tempo a cidade com a maior parte da arquitetura barroca passa despercebida, sentar no Tiradentes vira rotina, rir vira rotina, beber vira rotina, as pessoas tornam-se rotina e a melancolia passa a se fazer presente. Uma saudade sufocadora do leito familiar toma conta, e os dias se arrastam, vamos para casa e descançamos...só descançamos... bate a saudade dos amigos, dos risos, dos abraços, do sentar no Tiradentes, do barroco mineiro, do barroco, da direita...voltamos.
Adotando novas filosofias percebemos e avaliamos o que éramos antes, e acreditamos fielmente em uma superação. É ironia demais, mas nunca um prato que se serve me interessou, mas sim os que me colocam dentro deles para que eu possa servir de alimento. Elogio de porcos engrandece, mas é pouco. Depois de tudo que se passou, vai ser mais ironia ainda se a entidade se redimir, quiser estar presente. Escrupuloso, zombeteiro, mão de punheteiro; gozador, encantador... foi uma tranza bêbado. Não quero explicações, entender seria melhor (me entender seria melhor), esqueci que sou melhor apenas para quem não me interessa, tenho que começar a engolir isso e começar a comer por fome, sem saber o que como, só devorar, para me satisfazer.
Indecifrável, inocente-culpado, fiel-difícil, calado-argumentativo, anjo-demônio. “Vai malandro... caga na minha sala” que eu limpo.Caga na minha sala que eu fico quietinho. Caga na minha sala que eu me escondo. Caga na minha sala que eu vou pra outra... acaba... mas acaba de uma vez, vai malandro... o mundo é imenso e minas um dos maiores estados brasileiros.
Está em tempo...
Em tempo de novos tempos. Em tempo de novas filosofias. Em tempo de finalizar mais um ciclo, de viver, de receber elogios de porcos. Em tempo de você voltar e eu jogar a merda toda na sua cara.

W.M. Cooper

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Tudo novo, de novo

As coisas não são como antes, as coisas não foram como antes,

As coisas não serão como antes.

Entender? Pra que? Por quê?

Entendi.

As coisas se repetiram, quase que justamente, friamente, igual à antes. Há tempos um ignorar e uma ausência já me premeditavam tudo, um melancólico Ney e uma abusada Da Mata colocavam um ponto final, anunciavam, declamavam, me esfregavam, me iludiam. A gente sempre axha que vai estar pronto, mas não está, não estou e quanto a assuntos relacionados nunca estarei.

Não ficarei me martelando com suposições e interrogações e insinuações e incertezas... Não vou me castigar. Porque não deu? Porque aceitou tentar? Porque não falou antes?

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Não deu.

O coração desesperado foi quem respondeu e quando a falta bateu não houve estrutura, uma barreira foi diluída. Realmente você não é completamente egoísta, te entendo, eu é que sou por querer demais, por tentar entender demais, por estar sempre pronto a tentar, iludidamente inocentemente alucinadamente querendo que dê. Sempre me senti forçando algo, sempre escrevi longas cartas, sempre mandei mensagens, sempre liguei, sempre bati à porta... sempre.

Sempre melodicamente dramático e passionalmente inocente otimista ao extremo.

Só eu mesmo sei o quanto reli textos, o quanto revivi momentos, o quanto escrevi. O quanto o tesão amargo na boca enlouquecia-me, realmente acreditei.

Realmente quis acreditar.

O que faço com suas fotos? Pensei que quando ao olhá-las simplesmente estariam brancas, vultosas. Não saem , assim como você não sai de mim, não que eu queira o contrário, mas seria bem mais fácil. Aceitei suas palavras, não sou egoísta, jamais quero alguém ao meu lado sofrendo, e estou satisfeito por saber que tentei, foi até onde por minha parte deu. Queria te entender mais, queria te conhecer mais, até hoje não sei seu nome completo e ainda surge uma dúvida quanto ao ano do seu nascimento.

Acho que forcei demais, acho que fui demais, quando olhei pra trás você estava muito longe e essa distância tanto física quanto química, acabou com projetos, com sonhos de olhos abertos, apagou lágrimas, estafou, desgastou. Talvez o espaço de tempo dado, e o caminho percorrido fizeram com que tenhamos nos perdido.

Dei-me.

Te dei-me.

Cobrei.

Cobrei-me

Nada há de pejorativo aqui, não sou hipócrita, estou assim porque queria mais. Muito mais. Momentos maravilhosos vividos, estar ao seu lado fazia com que eu criasse uma realidade que não existia, um futuro por segundos palpáveis como fumaça, ficar ao seu lado bastaria, talvez sufocar-me-ia e provavelmente tal sufoco seria melhor.





Distância





Consentido, amargurado, melancólico, por não ter dado. Satisfeito. Suas fotografias ainda ficam, jamais serão descartadas, nem tão pouco a cartas que não enviei, foi encantador, maravilhoso, o sentimento vivido tenho como um ideal. A carta que já mandei, fica de anexo a este, pois a reafirmo por completo aqui. Só te peço uma coisa, se coloque às vezes no lugar dos outros e deixe as coisas muito bem esclarecidas, e jamais adie imprevistos, faça surpresas, e jamais use metáforas e ambigüidades, sê humano, mostre o que está acontecendo, não deixe transparecer o que você não queira.

Obrigado por tudo, pessoalmente te espero ardidamente medonhamente orgulhosamente.

Fim.

W.M. Cooper

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

De fora


Para fora de casa, frio, esperar, esperar.
Perigo em ficar comigo mesmo na situação em que me encontro. Por ironia a vizinha escuta Los Hermanos; melancolia, pensamentos, desejos, receios, confusão. O desgraçado barulho do secador de cabelo que não para, zunir, zune, zuna, zombe mesmo de minha situação. Vento frio me torne frio, incalculável.
Um felino cruza a calçada, quando penso em olhá-lo novamente, nada mais, correu? Escondeu-se? Caso quisesse ficar mais um pouco até gostaria de tal companhia, mas sumiu. Somem, despercebidos, sorrateiros, sem que entendamos, com um impacto se foi.
Não entendo muita coisa, uma delas é saber o que faz uma pessoa andar com tantas coisas dentro do bolso balançando e fazendo barulho despertando atenção dos outros por onde passa. Não entendo como as coisas andam como as coisas mudam como o mundo gira, não entendo e o pior é tentar se agarrar a uma hipótese que me favoreça, que nem pode ser a verdade mas sim é o que eu quero que aconteça.
Sete dias, uma semana, e nada e tudo. O celular que não vibra, não toca, não reage, assim como eu. Não vem. Impessoalidade, fraqueza. Tecla fria, máquina mortífera, é só o que tenho (ou o que não tenho?), o que faço? (ou o que não faço?). Um pouco de compreensão regada de atenção bastava.
Não entendo, e to achando que nunca escrevi algo tão dadaísta; reflexo da mente, reflexo do não entender (do querer entender). Aceitar, calar, consentir, engolir, absorver, conhecer.
Faça o que quiser, mas faça. Por não saber o que se passa, enlouqueço. Fale, não consinta, argumente. – Fala porra! A comodidade e a estagnes me cansam.
Rua gélida, ninguém, ninguém abre a porta, passam pessoas, o telefone não toca, rua boêmia, desgrenhada , noite fria, noite cálida. Sigo em frente à procura ou fico até não sei quando à espera?
– Maldita chave que não tenho!

W.M. Cooper

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Meros, Devaneios, Tolos

Realmente achei que saberia o que viria pela frente, pensando que realmente sabia o que havia sentido antes. Mas não, acho que havia esquecido, voltei a sentir-me anestesiado, voltei a sentir saudades que apertam no peito. Seria bem mais simples se produzíssemos anticorpos, mas contra tal feito jamais produziremos.

Os dias passam rápido demais e como consolo tenho o simples fato de mais um dia ter passado, de mais um tedioso dia, de mais pessoas desinteressantes, de mais saudades, de mais sentimentos que sufocam.

Realmente encontrar uma pessoa deve ser difícil, estou começando a acreditar que a vida é cheia de voltas e em cada volta temos impressões diferentes, interpretações diferentes. Encontrar a pessoa certa é muito difícil.

É insuportável a sensação de achar que se está andando rumo ao precipício, a sensação de se apostar em algo que pode te machucar. Não quero me ferir, mas às vezes parece que caminho rumo a isso, quero ser racional. Quero te ver junto a mim apesar de ao fechar os olhos ser só isso que visualizo mesmo.

As fotografias que não foram tiradas para mim enfeitam a memória e servem de consolo a um bobo apaixonado, me consomem levando-me a devaneios tolos, fantasias impalpáveis, me confortam. Um sarcástico sorriso de olhos vermelhos me diz boa noite e tornam a ausência em uma utópica presença sem cheiro, sem cor sem beijo, sem toque nem carne.

As pessoas não contribuem para nada, nada parece caminhar a favor. Te quero loucamente e ao mesmo tempo não, quero seu corpo, seu sorriso, suas carícias. Não quero o tédio, não quero o sufoco. O mundo não gira em prol da gente, temos de ser flexíveis, voláteis, dobráveis. Não quero viver estagnado, quero resposta, quero consolo, palavras, quero vida. Quando o mundo gira e a gente para, sofremos, somos frágeis e jamais conseguiremos parar esse falso simples curso da vida. Quero paz, quero amor, quero surpresas improváveis sem ausências que sufocam, quero um pouco de valor a métodos de se diminuir a falta e a ausência, quero o simples, “nu e cru”.

To cansando de provar tantas coisas a mim mesmo, a realidade não é a de um mercado onde se escolhe tudo do bom e do melhor, não estou na xepa muito menos no fim da caixa. To feliz e pronto, te quero e ponto.

A cama já esta montada, o mofo não sei se sai da parede, o estagnado riscar de dias não sai da cabeça. Venha logo para vivermos esse projetinho de possíveis dias inesquecíveis que não saem da minha cabeça, nos espremermos em uma cama de solteiro, deitar sobre o seu peito, te olhar inocentemente maliciosamente e adormecer acreditando que por um momento o mundo lá fora parou.

W.M. Cooper

segunda-feira, 24 de agosto de 2009


TRILOGIA DO ACASO
(Con)viver
Não conhecer.
É inevitável o tanto que observo as pessoas, coisas que sei, coisas que vejo, concluo e guardo pra mim. Só sei que as conclusões que tiro não são as mesmas que determinadas pessoas têm, mas jamais perco meu ponto de vista. Ver e ver e sentir e possivelmente concluir.
Gana, desejo, carne, suspiros, falta de ar, suor, sede, desejo...desejo...carne.
- Não! Sou só meu mesmo, muito pra me dividir, muito pra me aproximar.
- Sim! Ficar só é leve, escolho, não me incluo, não me misturo. Ser o que se é por dentro, fingir pra mim mesmo não.
Eu sozinho me sustendo (ou não, dependendo do ponto de vista), só preciso de pouca coisa (muita coisa), quase nada...carne, sou carnívoro e mostro (para poucos/muitos) e isso está acabando comigo? O que preciso mesmo é ter pés firmes, queria ter nascido uma planta, enraizada, mas mesmo assim acho que seria catalogado como aérea ou simplesmente daquelas plantas que precisam de um jarro só pra elas que florescem uma vez por ano e no resto do ano são vistas como não muito interessantes.
- Não!
Não sei o que vou fazer daqui alguns dias. Que se dane, ou melhor, que se danem. Não consigo fazer...vou simplesmente sorrir, e dizer que ando muito bem e dizer que aqui é bom e matar a saudade e não sei mais o que...voltar.
Por favor, não peçam, não perguntem se não querem ouvir o que acham que responderei. Sou só mesmo, tudo foi por mim e acredito que sempre continuará sendo, até quem sabe um dia (o que com certeza não terá o mesmo impacto que a morte de uma estrelinha pop nem passará despercebido como um mendigo na rua), mas passará...normal...espero.
Vou tentar
- Não!
Vou fazer.
Fases. Tenho a péssima mania de me aproximar demais das pessoas e depois me afastar, sou forte demais e fraco demais, mataria alguém quando acordo.
Máscara, medo, nada, vergonha, eu, forma, estética, falta, conseqüência, família, liberdade, saudade, presença, amizade.
Ouro Preto sufoca.

(Con)sentido
Passaram.
Nada muito complexo, sem nenhum dilema, os dias passaram.
Parece que a saudade estava na onipresença, na falta, na ausência.
Sentir que não fazemos mais parte de uma realidade, não necessariamente pode ser ruim, passa a ser bom a partir do momento que vemos o quanto evoluímos...o quanto crescemos. O pior é quando queremos forçar “fazer parte” de algo que simplesmente não nos enquadra, é como se estivéssemos à parte, como se fôssemos neutros, e participássemos de tudo pelo lado de fora, vemos tudo, participamos e não participamos... Somos e não somos.
Não... Não sou tão importante assim, fiz por onde? – Pode Ser!
Quer também? – Não! Não me siga, não tem receita. Porque esse fuzuê todo? É tão simples... Contrastes de quando mudamos de posição.
Mente aberta... Só se há quando se convive com as diferenças, por isso entendo muitos... Têm seu mundo limitado, pena ter que caminhar por esses territórios, mas bom... Conhecer, observar... experienciar... Meu forte.
A distância acho que vai sempre ser algo presente. Vou ter que saber lidar com ela muito bem, ás vezes pode ser que ela se faça tão presente para mostrar o caminho certo... Para mostrar que posso usá-la a meu favor.
Deixei ir... Como sempre, fui levado. Espaço, o tempo me deu, e o próprio tempo se encobriu de preenchê-lo e muito bem. Simplicidade, ingenuidade, aconchego, luz. Sinto-me bem perto de você.
Em pouco tempo sentir que não se quer mais sair de perto de alguém é coisa de tolo?
- Não, tolo é quem não se aproxima cheio de receios, é quem não aposta, não se permite.
Em uma coisa sei que a distância me privilegia, ela sempre interfere em algo forte, quando temos em nós o melhor de determinada pessoa com a gente, quando queremos muito e não podemos. Então o que fica são lembranças dos momentos (que até então foram muito bons), as juras de reencontros, fica a satisfação de saber que existem pessoas maravilhosas... Fica o melhor, levamos o melhor com a gente. Um possível fim vem com algo inevitável: a partida. E o que fica é finalmente o melhor, a latência, o querer mais, é como se acabássemos de acender uma fogueira e saíssemos sem apagá-la. É inevitável, não há nada de rancores, o sentimento fica dentro da gente.
Eis o grande desafio de se relacionar em um determinado período de tempo, sabendo da partida: um reencontro e a brasa meio que subitamente recebe um sopro e a chama se reaviva. Não gosto da normalidade, da rotina e da comodidade, relacionamentos assim me ajudam quanto a isso.
Otimismo, novo período, “vida nova”, promessas, ego fortalecido, caras novas, dívidas, café, cigarro, brigas, roupas sujas, ladeiras, deart, ufop.
O mundo parece, mas não parou. 12horas de abdução, destino: nave Ouro Preto.

(Con)sentimento
Até que ponto a gente pode desafiar o coração?
Como o próprio ditado diz: “Está no fogo, é pra se queimar.”
Realmente não temos controle sobre o nosso coração, e isso eu pude ter certeza no dia de ontem (15/08).
Meses se passaram e estávamos nós sentados, novamente frente a frente, como se o tempo não estivesse passado. Sua mesma cara, insuportavelmente sedutora, o mesmo sorriso, a mesma fisionomia, era como se o tempo estivesse dado uma volta para chegarmos naquele momento, colocar-nos frente a frente.
O coração pulava no peito e as trocas de olhares mostravam tudo o que já havíamos passado juntos. – Maldita hora em que fui marcar esse encontro! (ou bendita?!). Estamos nos arriscando demais. – Eu fui bem, passei esse tempo bem, e você também teve o seu tempo, ô vontade de te agarrar e não soltar mais. Sua mãe sabe?!
A ausência de palavras, por si só já dizia tudo; os olhares agora tinham um complemento: lágrimas vergonhosas de uma vontade imensa. As mãos se tocaram e nada mais importava.
- Fui precipitado?
A vontade de sumir era inevitável, o coração palpitava, os goles de chopp desciam forçados. E os olhares substituíam as palavras, eram melhor que as palavras. O nascer de uma lágrima falava por si só e o molhado no rosto, causado pelo passar de mãos, impedindo as lágrimas de rolarem; era o nosso corpo refletindo justamente o que tentávamos fazer naquela hora: nos bloquearmos por dentro. Razão não é produzida pelo coração.
Estava transbordando já, na escadaria um beijo... Era como se todo o conjunto de órgãos do corpo estivesse acelerado suas funções, para simplesmente ficar paralisado. Havia me esquecido do seu beijo: suave, calmo, simples... Beijo de paixão, beijo com sentimento. Finalmente a lágrima rola, estávamos fazendo o que queríamos.
Não! Não irei hoje, resolveremos a nossa vida...
Dia seguinte...
- O que você sugere?
O que sentimos, não pode ser jogado fora assim. E mais uma vez vamos tentar, vamos ver no que dá, ouvir nosso coração, tentar superar a distância, agora com a idéia na cabeça do que podemos sentir novamente. E com certezas, antes não tidas.
Vamos tentar...

W.M. Cooper

terça-feira, 11 de agosto de 2009

quinta-feira, 25 de junho de 2009

And So It Is




Pronto! Fui, fiz.

É! Às vezes pode ser “só isso”, às vezes pode ser mais simples e às vezes pode ter muita coisa a vir pela frente. Uma miscelânea é assim que minha cabeça se encontra.

Às vezes queremos algo maior do que podemos e acreditamos fielmente poder adquirir tal coisa - mas não. Não conseguimos e quebramos a cara. O que acontece é que na maioria das vezes algo menor pode ser melhor. (bem melhor)

Foi só aquilo? Bastou?

A vida anda, as aulas continuam. Pés firmes no chão.

O momento que muitos esperavam pode estar chegando. Meu momento reflexão parece estar passando, estou indo, essa é a palavra.

Cansei dessas pessoas de ego tão grande, se achando o centro das atenções. Pessoas que acreditam conseguir tudo o que querem e não vêm, ou fingem não ver, quão ridículas são se sentindo beldades capazes de tudo e que quando não conseguem o que desejam se ocupam fazendo comentários sórdidos com intuito de ferir as pessoas - Não sou meta de ninguém. Sim, comentários machucam, mas com certeza está mais ferido quem fez tal comentário (se ao menos sabe o que falou, falar da boca pra fora é fácil). Nada, é o que são.

Nada.

Esse questionamento pessoal, pra mim está sendo a pior coisa. O andar com meus próprios pés tornando-se mais real, a vida batendo na janela e mostrando vários caminhos a se seguir, as conseqüências só você é quem pode descobrir e no final de determinada escolha você decide ou não se volta atrás e tenta retomar um novo caminho. Andar por territórios por onde não se conhece o caminho, requer paciência, raciocínio e conhecimento de si próprio, nunca tive nada disso, sempre fui afobado, precipitado, sonhador e sempre quebrei a cara no final. Mas aprendi uma coisa, “se arriscar é preciso” ser racional é também não usar da razão e deixar se levar estando sempre lá pronto para arriscar novamente.

Já pensei em abandonar tudo, pra viver algo. Como agir quando sentimos não ter força mais para fazer nada? (não poder fazer nada). Saber que substituições jamais ocorrem, e não querer substituir, será que algo ao menos parecido virá? Queria mesmo era uma folha em branco para escrever uma nova história, mas parece que estou escrevendo tudo por cima do que já foi registrado. Expandir, abrir espaço para mais alguém, é isso que tenho a fazer.

Te amo.

As cartas estão na mesa, não estou dando tudo de mim, mas estou jogando e isso é que importa. Por mais que o jogo seja para pura distração sempre tento tirar proveito do mesmo, jogadas e truques que carregamos conosco para sempre. Por mais que “joguem sujo”, meu jogo é limpo.

Tentando ser “racional” em mais um resto de semana e um longo/breve final de semana pela frente.

Weber Cooper

segunda-feira, 15 de junho de 2009

"O homem à procura de si mesmo"


Não saber.
Essa mistura de liberdade e solidão está me matando.
As mesmas musicas, o mesmo despertar às 12-13h - Não! Não quero isso (ou quero?).
Mais, como achar esse "mais"? Onde achar esse "mais"? - Achava que sabia muito bem o que queria, e hoje venho me contra-dizer. Uma mistura de querer se provar, querer se nutrir, usando de poucas (quase nenhuma) palavras.
Falar ou não?
Acho que o momento é mais de reflexão (mas que reflexão interminável é essa?), momento em que me torno mesquinho e ignorante.
E esses desgraçados flashes de de memória, momentos já vividos que me levam a um território perigoso de se caminhar, território que me torna cada vez mais leigo.
Vivendo desses sentimentos passados que cada vez mais se tornam parte do presente.
Viver?
Sair, beber, rir...
Voltar ao tédio.
Acho que estou à procura. À procura de um lugar, à procura de pessoas, de momentos, de sentimentos...à procura de mim mesmo.
Sei lá! Ás vezes tudo isso me dá preguiça, todos me dão preguiça. Vai ver é esse meu grande mal: a preguiça. Preguiça que me impede de fazer muitas coisas (inclusive almoçar, como hoje).
Preguiça, medo, nariz-em-pé, indiferente, forte, ingênuo, fraco. Sou muitas coisas, mas de pouco me importa (ou importa?). Ah! Que se dane.
Enquanto isso vou indo e indo. Fazendo o que achar correto (e o que achar errado). Rindo, brincando, cantando, defecando, arrotando...me entupindo de café que por sinal acabou...o velho e bom carlton ainda dá pra ser o companheiro por no máximo dois dias.