segunda-feira, 15 de junho de 2009

"O homem à procura de si mesmo"


Não saber.
Essa mistura de liberdade e solidão está me matando.
As mesmas musicas, o mesmo despertar às 12-13h - Não! Não quero isso (ou quero?).
Mais, como achar esse "mais"? Onde achar esse "mais"? - Achava que sabia muito bem o que queria, e hoje venho me contra-dizer. Uma mistura de querer se provar, querer se nutrir, usando de poucas (quase nenhuma) palavras.
Falar ou não?
Acho que o momento é mais de reflexão (mas que reflexão interminável é essa?), momento em que me torno mesquinho e ignorante.
E esses desgraçados flashes de de memória, momentos já vividos que me levam a um território perigoso de se caminhar, território que me torna cada vez mais leigo.
Vivendo desses sentimentos passados que cada vez mais se tornam parte do presente.
Viver?
Sair, beber, rir...
Voltar ao tédio.
Acho que estou à procura. À procura de um lugar, à procura de pessoas, de momentos, de sentimentos...à procura de mim mesmo.
Sei lá! Ás vezes tudo isso me dá preguiça, todos me dão preguiça. Vai ver é esse meu grande mal: a preguiça. Preguiça que me impede de fazer muitas coisas (inclusive almoçar, como hoje).
Preguiça, medo, nariz-em-pé, indiferente, forte, ingênuo, fraco. Sou muitas coisas, mas de pouco me importa (ou importa?). Ah! Que se dane.
Enquanto isso vou indo e indo. Fazendo o que achar correto (e o que achar errado). Rindo, brincando, cantando, defecando, arrotando...me entupindo de café que por sinal acabou...o velho e bom carlton ainda dá pra ser o companheiro por no máximo dois dias.

2 comentários:

  1. Tudo quanto penso,
    Tudo quanto sou
    É um deserto imenso
    Onde nem eu estou.

    Extensão parada
    Sem nada a estar ali,
    Areia peneirada
    Vou dar-lhe a ferroada
    Da vida que vivi.

    [...]


    Fernando Pessoa, 18-3-1935

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